Negócios

A IMAGEM DA SUA EMPRESA NO MERCADO DE TRABALHO

As empresas estão vivendo um grande dilema. Ao mesmo tempo em que existe uma batalha invisível nos bastidores pelos talentos, já que faltam profissionais, há também um batalhão deles sem ocupação ou com suas competências subutilizadas.

A ponto de os bons profissionais, com perfil bem definido e focado, encontrarem diferentes opções e viverem numa fase em que têm a oportunidade de escolher as empresas em que preferem emprestar seu conhecimento e sua energia.

Mas e do lado das empresas? Como esse processo tem se desenrolado? Por que algumas encontram tanta dificuldade para descobrir e alocar os profissionais de que necessitam em suas posições? Sempre foi assim na sua empresa? É em todas as vagas ou algumas em especial?

É certo que a escassez de profissionais para algumas posições é maior do que em outras, a dificuldade também pode variar de região para região, mas de um modo geral, a demanda tem pressionado e a realidade é que a maioria das empresas enfrentam dificuldades para compor seus quadros.

Nessa situação, os bons profissionais têm tido opções de escolha e esse é um ponto relevante que os gestores precisam considerar definitivamente. Chega de soberba. É fundamental começar a entender e se preocupar sobre qual a imagem da sua empresa no mercado de trabalho e qual o nível de atratividade.

Uma boa fonte de informação são os próprios indicadores de recursos humanos. Analisar, por exemplo, qual a evolução dos índices de turnover, entender os motivos pelos quais os profissionais saem da organização e, mais do isso, o que os ex-funcionários falam dela e dos seus dirigentes.

Se isso ainda não é algo que importa para o time do andar de cima, é bom começar a se preocupar com o destino da empresa em si. Temos percebido, por exemplo, que muitos profissionais apenas aceitam entrevistas com os contratantes ou avançam nos processos seletivos quando sabem quem são as empresas, o perfil, a visão de futuro, bem como clareza no que lhes espera na função.

Remuneração é sim um fator relevante, mas ao contrário do que muitos dirigentes ainda pensam, ela não é onipresente. Frequentemente, já nos primeiros contatos (quando o nome da empresa é sigiloso), querem saber do perfil dos gestores, a missão, o passado, a ideia de futuro e o modus operandi da organização.

Nós precisamos entender que atualmente as empresas também são avaliadas nos mínimos detalhes. Não são apenas os profissionais. Temos vivenciado empresas que estão ‘queimadas’ no mercado de trabalho, de tal modo, que muitos candidatos simplesmente desistem quando descobrem o contratante.

Outros, se decepcionam com o nível de conhecimento dos gestores e empreendedores na própria entrevista e acabam declinando da vaga mesmo quando o seu perfil é totalmente aderente. Os principais motivos são a falta de clareza de propósitos, falta de empatia e visão de futuro desses dirigentes.

Foi-se a época em que apenas os profissionais eram avaliados e a peneira era fina porque havia muitos candidatos. Hoje a relação praticamente se inverteu. Os bons candidatos são procurados nos ambientes de trabalho, nas plataformas sociais e nas redes de relacionamento.

As recomendações são simples:

(i) somente abra processos seletivos quando souber exatamente o que você busca, o que precisa que essa pessoa saiba fazer, o perfil comportamental desejado, os resultados esperados, a posição na organização e obviamente a banda de remuneração que ele vai encontrar a qual deverá ser condizente com o mercado.

Além disso, (ii) seja transparente com a realidade da empresa. Coloque a situação na mesa assim que tiver oportunidade, seja ela boa ou ruim. Pois, com as condições claras e a realidade discutida talvez os candidatos que se interessarem tenham dedicação genuína e possam avaliar as possibilidades reais de longo prazo para encarar o desafio.

Por fim, (iii) monte um plano de crescimento e desenvolvimento para esse profissional dentro da organização. Isso mostrará que você o quer lá por um longo período e crescendo na empresa, se ele realmente atender as expectativas.

Vale lembrar, contudo, que qualquer um desses itens sozinhos não irá melhorar seus indicadores de atração ou manutenção. Devem estar alinhados e trabalhando complementarmente.

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